Primeiramente deixemos aqui explícita minha paixão pela área onde o foco sempre foi orientado para aprendizado e curiosidade latente em entender todas as vertentes de um processo de comercialização de um produto, seja ele para exportar para outro país, seja para trazer para o Brasil. Há cerca de 24 anos atrás, a área de comércio exterior no nosso país era pouco difundida, ainda tímida, algumas empresas nacionais iniciavam suas operações para o mercado internacional, dos quais pensava-se em ampliar seus negócios, apresentar sua marca para o mercado ainda desconhecido como forma de fomentar suas vendas.
O profissional de Comex até então ainda se lançava no mercado de trabalho de maneira pioneira, se comunicando com possíveis clientes estrangeiros através de um antigo aparelho chamado fax, o fone discado e trocas de e-mails onde a internet começava a ganhar impulso como meio de comunicação no mercado global.
Era de praxe que naquela época um despachante aduaneiro, o principal representante legal de uma empresa no desembaraço dos produtos, confeccionar declaração de importação e registro de exportação em máquina datilográfica e demais informações necessárias preenchidas em próprio punho a fim de apresentar para a Receita Federal.
Com o entendimento maior por parte do governo, novas políticas internacionais, crescimento da balança comercial brasileira, foi necessário que com o passar dos anos o comércio exterior brasileiro pudesse ganhar mais corpo e com isso maior investimento em sistema de identificação das operações de carga, de fluxo de troca de divisas entre Brasil e o mundo. Uma das melhorias foi a criação e implementação do Siscomex no final do ano de 1992 passando a operar oficialmente em 1993.
Entende-se que há muito que se investir no fluxo sistêmico das operações, porém não dá para negar o quão crescente têm sido as práticas tecnológicas e operacionais para difusão do mercado brasileiro para o mundo.
Evelyn Pucinelli – Colunista Society