Educação 4.0

Além de saber fórmulas matemáticas, os alunos precisam desenvolver autoridade, criatividade e resistência.

Por isso é tão importante adotar a abordagem da educação 4.0 em sua escola: ajudar crianças e adolescentes a desenvolver as aptidões tecnológicos e socioemocionais necessários para enfrentar os desafios do século XXI.

Quais serão esses desafios?
Alguns exemplos são a revolução tecnológica no mercado de trabalho, a promoção da diversidade e inclusão socioeconômica, a crise das instituições democráticas e as mudanças climáticas.
Aqui você conhecerá as principais características da educação 4.0 e como pode adotar essa abordagem em sala de aula.

Concepção de educação 4.0
A Educação 4.0 é uma abordagem teórica e prática baseada em “Learning by doing” é uma expressão inglesa que se refere ao aprendizado por meio da experimentação, experiência e implementação de projetos. Essa palavra está diretamente relacionada à cultura maker.
Essa abordagem está diretamente ligada aos desenvolvimentos tecnológicos dos últimos anos, principalmente as linguagens computacionais, a inteligência artificial (CAMINHAVA) e a internet das Coisas (IoT).
É para professores e dirigentes escolares comprometidos com a inovação para as instituições em que trabalham. Por favor, note que quando falamos sobre “inovação na educação” compreendemos melhorias nas práticas, métodos de ensino e gestão.
O modelo de Educação 4.0 foi sistematizado pelo pesquisador e presidente do instituto de Educação Galileu Galilei (IGGE), Cassiano Zeferino de Carvalho-Vermelho Neto, no livro Educação 4.0: Princípios e práticas de inovação em gestão e docência (2017).

A Educação 4.0 é baseada em 4 pilares:
Modelo de Educação Sistemática (MSE)
Educação Científica e Tecnológica (ECT)
Engenharia e Gerenciamento da informação (EGC)
Arquitetura Cibernética (CBQ)


Modelo de Sistema Educacional (SEM)
É o pilar central da educação 4.0, que permite uma análise da situação atual da escola segundo um método bem definido. Auxilia gestores e professores a definir estratégias e operações para o dia a dia.

A análise é feita de três estruturas:
Superestrutura: reunindo paradigmas educacionais, currículo e estilos de ensino.
Meio: inclui métodos específicos de ensino e gestão, além do uso de meios analógicos e digitais.
Infraestrutura significa o equipamento conexão à internet sistema elétrico e outras instalações escolares.
As três construções estão inseridas na cultura e nos valores de cada escola e influenciavam o esboço da política educacional.
As MPEs ajudam a moldar essas políticas a curto, médio e longo prazo.
Um exemplo é a formação inicial e contínua de professores. Compreender a situação com todas as três estruturas ajuda a determinar o que os professores precisam melhorar, como a adopção de novas ferramentas digitais ou uma nova abordagem proativa.

Estudos Científicos e técnicos (ST)
O segundo pilar da educação 4.0 apresenta ensino baseado em ciência e tecnologia com base nos insights mais recentes sobre como as pessoas aprendem. O bom senso e as práticas pseudocientíficas devem ser mantidos fora da sala de aula.
Nesse cenário, os educadores devem basear suas práticas de ensino nas pesquisas mais recentes nas áreas de neurociência, pedagogia e psicologia. Ajudar crianças e adolescentes a desenvolver o pensamento científico. que é uma das competências essenciais da estrutura Curricular Nacional Habitual (BNCC).

Engenharia e Gerenciamento do conhecimento (EGC)
Pilar que integra o nível de superestrutura e mesoestrutura do MSE e trespassa por treinamento digital. Na prática isso significa desenvolver aptidões para resolver problemas sociais modernos em crianças e adolescentes.
Habilidade de tomar decisões em várias situações;
Habilidade de resolução de problemas;
A capacitância de produzir, registrar, distribuir e transmudar informações, como habilidades de comunicação;
Habilidade de interpretar informações de diferentes mídias, como mídia digital.
Capaz de relacionar o que é aprendido em sala de aula com aspectos da vida pessoal, social e profissional.

Arquitetura Cibernética (CBQ)
O último pilar da educação 4.0 abrange as dimensões física e digital das escolas com o objetivo de integrar os processos tecnológicos com o desenvolvimento do conhecimento.
A arquitetura cibernética permite a integração das dimensões físicas e digitais para melhorar o processo educacional. Também abre novas oportunidades de interação dentro da comunidade escolar.
Para entender melhor esse conceito podemos pensar em aulas sincrônicos e assíncronas no blended learning ou na comunicação por WhatsApp entre pais, alunos e professores.

Mudanças na educação
O conceito de Educação 4.0 segue o caminho trilhado pelos antigos métodos de ensino desenvolvidos ao longo da história da educação.

Educação 1.0
Entre os séculos XII e XVII, a principal característica da educação 1.0 era a formação eclesiástica. Usualmente acontecia em conventos, onde os padres cediam aulas sobre os textos sagrados. Hora extra aulas de latim, aritmética, gramática, retórica e dialética estão incluídas.
Os professores têm todo o conhecimento portanto os alunos devem ter uma atitude respeitosa e respeitosa nas aulas. Poucos tinham acesso à educação.
Trecho de uma miniatura mostrando as aulas de filosofia no final do século XIV Public Domain / BVMM.

Educação 2.0
O início da educação 2.0 foi a revolução Industrial na Inglaterra do século XVIII.
A ideia de padronização emigrou para o ambiente escolar, onde todos os alunos aprendiam o mesmo conteúdo simultaneamente. O espaço físico da escola também obedece a esse princípio. com fileiras de mesas dispostas em uma sala fechada.
É nesse período que o conhecimento é dividido em áreas ministradas por professores especializados. Estes ainda eram os detentores do conhecimento ocupando o espaço de protagonistas em sala de aula.
As aulas eram expositivas, ou seja, o professor apenas repassava as informações ao aluno que as auferia passivamente. O objetivo era capacitar crianças e adolescentes para ocupar cargos na indústria ou exercer uma profissão liberal.
Os princípios desse modelo ainda estão em vigor na maioria das escolas hoje.

Educação 3.0
Na Educação 3.0, iniciam-se os debates sobre o impacto novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem, principalmente na década de 1990, com a disseminação da internet e o início da era da informação.
O professor se ofereceu para mudar a ordem em que as aulas eram organizadas. Além de transmitir conhecimentos, crianças e adolescentes precisam desenvolver o senso crítico para lidar com a quantidade de informações disponíveis.

Podemos falar sobre educação 5.0?
Sim! Mas qual seria a diferença entre educação 4.0 e 5.0?
Na proposta da educação 4.0, o papel da tecnologia na educação é a promoção de um ensino mais rápido, preciso e fundamentado, bem como o estabelecimento de uma comunicação mais direta com novas gerações.
A Educação 5.0 é uma extensão desse conceito. Propõe aliar a inserção de novas tecnologias no ambiente escolar com o desenvolvimento de aptidões socioemocionais, promovendo assim uma aprendizagem mais humanizada.
O foco não está apenas no mercado de trabalho, mas também na formação de cidadãos que possam contribuir para a sociedade em geral.

Como se adaptar à educação 4.0 e 5.0
O primeiro passo é seguir a metodologia proposta pelo modelo Sistêmico de Educação (MSE), eixo central da educação 4.0. Isso ajudará você a entender a situação atual de sua escola e planejar sua adaptação à cultura digital.
Também é importante refletir sobre suas práticas, tanto na sala de aula quanto na liderança escolar.
Para te ajudar nisso, adaptamos o guia do livro “Educação 4.0: princípios e Práticas de Inovação em Administração e Ensino” em forma de perguntas:

Você oferece iniciativas inovadoras no modelo de aprendizagem da sua escola?

Você sabe como criar um plano estratégico de inovação para sua escola?

Você se considera uma pessoa alfabetizada digitalmente, ou seja, aquela que sabe usar aparelhos, programas de computador e a própria internet?

Você sabe fazer e executar o planejamento disciplinar de forma híbrida? E o EAD?

Quais metodologias ativas você conhece e quais usava em sala de aula? Quais conteúdos seriam trabalhados com essas metodologias?

Como você avaliar sua aula se usasse um metodo ativo e deixasse a prova escrita para trás? Quais serão os critérios?

Você costuma consumir conteúdos da área da educação com base no conhecimento científico, sejam artigos, podcasts, vídeos do YouTube ou produções audiovisuais em plataformas de streaming?

Qual foi o último curso que você fez para atualizar seus métodos de ensino ou administrativos?

Rogéria Campos @rogeriacamposramos

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