O sistema de governança corporativa refere-se à forma pela qual as sociedades empresárias são dirigidas e acompanhadas, através deste sistema é possível criar um conjunto de políticas internas, regulamentos, costumes, cultura, enfim, todo o sistema que irá conduzir a atuação da empresa. Portanto, verifica-se a necessidade da organização dos Conselhos, Diretorias, Assembleias e outros órgãos internos, com o objetivo de que todas as decisões sejam tomadas no prazo e todas as informações sejam levadas ao conhecimento dos interessados, tempestivamente.
No agronegócio, não é diferente. As empresas do setor também precisam de uma governa corporativa eficaz, de modo que a atuação dos administradores esteja alinhada as necessidades e interesses da empresa, stakeholders e acionistas ou cotistas. Nesse sentido, é perceptível a ausência de órgãos internos não estruturados de forma adequada, o que demonstrar uma maior necessidade de buscar processos eficazes de governança corporativa.
Face ao exposto, outro termo que está intrinsicamente relacionado ao agronegócio é a sigla ESG (governança ambiental, social e corporativa). É um conceito que envolver os impactos sociais e ambientais que uma empresa pode provocar. Considerando a exigência do consumidor no que tange a rastreabilidade dos alimentos, tornou-se primordial a adequação e implementação de medidas voltadas à preservação do meio ambiente.
Dessa forma, diversas medidas podem ser implementadas com o objetivo de integrar governa corporativa, ambiental e social, como: certificação de empresa sustentável; redução ou cessação de emissão de gás e líquidos poluentes; redução de desmatamento; replantio de vegetação originária, dentre outras.
Vale destacar que, estabelecer boas práticas de governa corporativa em Família empresária, os desafios são maiores, no entanto, pode reduzir conflitos, motivar os empregados e fortalecer os mecanismos de responsabilidade, gerando crescimento e obtenção de lucros. O objetivo é criar condições de sucessão empresarial responsável e duradoura, preservando a empresa e protegendo o patrimônio.
Face ao exposto, percebe-se que as boas práticas de governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas e saudáveis, conectando interesses com a finalidade de otimizar e preservar a estabilidade empresarial, contribuindo para a qualidade do gerenciamento empresarial, longevidade, sucessão e bem comum.
Ivone Vieira @ivonevieira