No início da tarde desta terça-feira (24), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago intensificam suas altas e sobem mais de 40 pontos nos principais contratos. O novembro, referência para a safra americana, vinha cotado a US$ 13,36 e o maio/22, US$ 13,41 por bushel. E parte dos ganhos do grão vem na carona do óleo de soja, que sobe mais de 3% na CBOT.
Segundo explicam os analistas e consultores de mercado, as altas do derivado acompanham o avanço de mais óleos vegetais em mais partes do globo, principalmente a Ásia, e também um movimento positivo de retomada das commodities diante de uma baixa do dólar. O dólar index, perto de 12h20 (Brasília), cedia 0,06% e frente ao real a perda era de 2,15% para R$ 5,27 – o que diminui, inclusive, a competitividade da soja brasileira.
O bom humor do financeiro não só derruba o dólar, como puxa as demais commodities e também as bolsas. O petróleo sobe mais de 2%, bem como o café, e o milho tem ganhos superiores a 1%.
Para a soja, além do óleo, do financeiro e do dólar, o estímulo vem também do lado da demanda. A China comprou mais soja nos EUA nesta terça-feira e estimulou o avanço das cotações.
E complementando o quadro, há ainda uma preocupação do mercado depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou uma piora nas lavouras americanas ontem em seu boletim semanal de acompanhamento de safras.
O índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições passou de 57% para 56% na semana. Há um ano, eram 69% dos campos em boas ou excelentes condições. O USDA informou ainda 28% dos campos em situação regular e 16% em condições ruins ou péssimas. Há uma semana, os números eram de 28% e 15%, respectivamente.
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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas