Se a moda é uma ferramenta que podemos utilizar para expressar nossa individualidade e tem como objetivo fazer com que as pessoas se sintam bem ao vestir determinada peça, qual a importância da roupa ser feminina ou masculina? Esse é o questionamento que rege a moda sem gênero.
A moda sem gênero, também conhecida como genderless, tem como premissa criar peças que podem ser usadas por qualquer pessoa, independente do gênero. Ela chegou para quebrar as imposições sociais que ditam quais cores, formas e modelagens são femininas ou masculinas.
Ela não se resume apenas a colocar elementos femininos em peças masculinas ou vice-versa, seu propósito é oferecer roupas que podem ser usadas de forma confortável e atraente por qualquer pessoa, oferecendo liberdade de expressão e identificação. Afinal, quem determina o gênero da roupa é quem está vestindo.
Em primeiro lugar, a moda genderless consegue oferecer as pessoas que se identificam com outro gênero uma gama maior de possibilidades. Mulheres que se identificam com o gênero masculino, por exemplo, não conseguem encontrar peças no seu tamanho. O contrário também é válido. Os homens que desejam usar roupas que foram designadas às mulheres, como vestidos e saias, não conseguem encontrar peças em tamanhos maiores.
A diferença entre peças masculinas e femininas ganhou força na Idade Média e Renascimento. As roupas justas, espartilhos, corpetes e saias evidenciavam o corpo da mulher e com a desculpa de “valorizar” suas curvas, passaram a ser designadas como peças exclusivamente femininas.
Em 1920 a estilista Coco Chanel começou a criar peças femininas com mais liberdade criativa, levando ao universo feminino roupas que, até então, eram usadas apenas por homens, como blazers e calças.
Na época, Coco causou muita polêmica. Mas esse feito revolucionou o mundo da moda e a forma como as mulheres se vestia.
A diferenciação de gêneros sempre existiu como uma maneira de designar o que é do homem e o que é da mulher. Nós mulheres, sempre fomos vistas como mais frágeis, românticas e os homens como fortes e provedores. Essa visão impacta até hoje na separação de objetos, roupas e atividades que cada uma “pode” ou não realizar. As mudanças na visão da população sobre isso acontecem já faz alguns anos e novas maneiras são criadas ou reforçadas para quebrar esses estereótipos, como é o caso da moda sem gênero.
A moda é uma das maiores maneiras de atribuição de gênero e hoje, por termos mais liberdade para expor nossos desejos, estilo, ter mais espaço para conversas sobre sexualidade e identificação de gênero, as conversas sobre moda sem gênero têm sido mais constantes. Uma grande promessa para o futuro da moda é a quebra da divisão entre feminino e masculino, e que possamos utilizá-la ainda mais como representação de nós mesmos.
Seguindo as mudanças na forma da pensar da sociedade, grandes grifes lançam coleções destinadas a este público. As tendências mundiais, do genderless afloram em um manifesto para que você possa vestir aquilo que gosta da maneira que se sente bem. Sem rótulos, quebrando tabus. Sendo você, autêntica e verdadeiramente você.
@glaciene.forte
@glacienebassi
Uma resposta
Amei…..
Amo quebra as regras impostas, gosto de todos os estilos e modas, principalmente essa moda sem gênero.