O desemprego sempre foi uma realidade no nosso país, entretanto, essa situação se agravou nos últimos dois anos, situação essa fruto da pandemia que gerou danos em inúmeras famílias. A inflação esse ano, resulta em um cardápio modesto na grande maioria das mesas dos consumidores, continue a sua leitura para saber mais sobre o assunto.
Texto: Jéssica Barbosa | @jessicabarbosa.agro
Um bom churrasco, bacalhau, peru, mesas fartas, sobremesas tradicionais entre inúmeras outras gostosuras, que o natal é uma das épocas mais gostosas do ano,não podemos descordar, entretanto, com a realidade da situação atual, a mesa dos consumidores no período pandêmico e agora no período pós vacina tem se tornado mais modesta, o que tem deixado alguns itens tradicionais das ceias de natal mais distantes esse ano.
Segundo a pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), realizada com seus associados mostra que a expectativa do varejo de alimentos é que o consumo de frango e cerveja apresentem as maiores taxas de crescimento no consumo das famílias durante as festividades natalinas, logo, itens mais sofisticados, estão sendo colocados como não prioridades.
Os supermercados apostam em um crescimento de 18% no volume de venda de frango para o período natalino deste ano de 2021, em comparação ao Natal do ano passado, deixando para trás os tradicionais tender, chester, bacalhau e até mesmo o peru.
As bebidas, conforme já mencionamos, também serão diferentes neste ano. A expectativa dos supermercados é que as vendas dos clássicos vinhos e espumantes cresçam em um ritmo quase 40% inferior ao que se projeta para a cerveja. Enquanto a procura por vinhos importados deve crescer 11,6% em comparação ao Natal do ano passado, as vendas de cerveja tendem a aumentar 16% e a abocanhar uma fatia de 14% da venda de bebidas para o período.
Além das mudanças na composição da ceia, os consumidores também sentirão alterações nos preços. O bacalhau é o que deve registrar o maior aumento em relação a 2020, com uma alta de 19,7%. Frango (19,5%), peru (16,6%), carne bovina (16,5%) e chester (15,4%) completam a lista dos cinco produtos que terão os maiores reajustes em 2021.
MAS, QUAL O MOTIVO?
Segundo o gerente do local, Robson Ferreira Pires, tudo está pelo menos 15% mais caro devido ao dólar e até dezembro há previsão de vários outros aumentos, o que significa que é bom os clientes se adiantarem nas compras.
Mesmo assim, a previsão de vendas é bem melhor que em 2020, isso porque registramos obviamente uma melhora no setor econômico em virtude do avanço da vacina e melhor controle da COVID, essa melhora proporcionou a retomada de grande parte das atividades, minimizando as taxas de desemprego, gerando consequentemente, maior capital de giro no comércio, se comparado ao ano anterior.
Os itens já começaram a chegar nas grandes redes varejistas, panetones, produtos típicos da ceia natalina e por mais que o preço se encontre reajustado, não há como fugir de uma reunião familiar, mesmo que simples e adaptada.
APRENDA COMO ECONOMIZAR:
O coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico Sociais (NEPES) da Faculdade Una de Divinópolis, Wagner Almeida, deu dicas de como economizar nas compras dos itens da ceia de Natal.
“Dado esses aumentos de preços principalmente às vésperas das festividades a principal dica é antecipar as compras. Principalmente os produtos que não são perecíveis e possuem uma data de validade maior, como as bebidas, por exemplo. Outra dica importante é pesquisar entre os estabelecimentos, porque na grande maioria das vezes as diferenças de preços podem ser gritantes. E, em última análise, fazer substituições. Buscar por marcas de vinho mais em conta, trocar a marca do panetone, são possibilidades de manter o orçamento das festas de fim de ano sob controle”, orientou.
Além disso, outra forma de economizar é ir pra cozinha durante a noite de natal, além de claro, pedir ajuda a quem for participar da ceia.
E na sua cidade? Você já percebeu a alta dos preços nos produtos mais tradicionais da noite natalina ? Conta para a gente aqui nos comentários !
Fonte: g1.