Quando a moeda do pecuarista vale mais
Em fases de alta dos preços do boi gordo, o poder de compra do pecuarista aumenta, mas isso não deixa de lado a necessidade de análise criteriosa dos investimentos.
O foco da pecuária de corte é a produção de arrobas. Essa é a moeda do produtor, daí a importância da relação de troca desta com os diferentes componentes de custo da pecuária.
Quando a arroba do boi sobe fortemente, como no último ano, o produtor precisa de menos arrobas para a compra de determinado insumo, seja ele adubo, medicamento veterinário ou alimentos, por exemplo.
Outro componente de custo importante é a mão de obra e, atualmente, é necessário menos arrobas para o pagamento de um salário. Tomando como exemplo o salário mínimo, em janeiro de 2019 era necessário 6,6 arrobas de boi gordo em São Paulo para o pagamento de um salário.
Em janeiro de 2020, foram exigidas 5,3 arrobas, uma queda de 19,7%. Isso ocorreu porque, no intervalo, o preço do boi gordo subiu 30,4% e o salário mínimo teve um aumento de 4,7%, ambos em valores nominais.
Quando a sua moeda valoriza, quase tudo fica mais barato
Além do exemplo do salário, fizemos outras comparações, apresentadas na figura 1. Perceba que a valorização da arroba do boi gordo melhorou a situação frente a todos os insumos analisados.
No caso do milho, a situação de boas exportações e a previsão de estoques menores no Brasil colaboraram para um cenário de alta nos últimos meses, o que diminuiu o ganho relativo da arroba frente ao insumo.
fonte: https://pastoextraordinario.com.br/quando-a-moeda-do-pecuarista-vale-mais/