Volta às aulas

No final de 2019, surgiu a Covid-19. Trata-se de uma doença causada pelo vírus do coronavírus que, em poucos meses, se tornou uma pandemia e interrompeu as aulas presenciais em todos os níveis de ensino. Segundo Porto e De Lixa Pereira (2020, p. 284), “Devido à alta prevalência do vírus, estados e municípios começaram a tomar medidas de segurança para combater a propagação da Covid-19 […]”. Assim, no primeiro semestre de 2020, as escolas de ensino fundamental foram fechadas, e alunos, famílias e professores passaram para o ensino a distância emergencial. Desta forma, o regresso às aulas levanta muitas incertezas sobre quais as necessidades estruturais, pedagógicas e protocolares que os alunos enfrentaram em 2021.

Algumas dessas solicitações estão relacionadas ao modelo de ensino que oferecemos em distanciamento social. Cabe ressaltar que as vacinas começaram no Brasil em fevereiro de 2021, porém, a lenta imunização da população nos conserva na realidade de incertezas e incertezas. Segundo Santana e Sales (2020), o vocábulo “educação à distância” surgiu dentro da emergência da pandemia de Covid-19, embora não tenha sido conceitualmente ou processualmente admitido como tipologia ou método de ensino.

No entanto, o termo tem sido utilizado nas mídias digitais e redes sociais buscando nomear e criar guias educativos para atender às demandas emergenciais relacionadas à educação do setor público durante a pandemia e tem se popularizado. Em escolas públicas de ensino fundamental as diretrizes iniciais descrevem o uso do ensino a distância para atender às necessidades de ensino e aprendizagem sem precedentes da pandemia.

Nota-se que a crise sanitária apresenta, assim, o potencial de desenvolvimento da prática educativa, apesar de caracterizar uma situação de instabilidade e dificuldades educacionais. O tema da educação em tempos de pandemia tem sido amplamente debatido, focando mais recentemente no retorno às aulas e nas expetativas de como a educação será ministrada em 2021. Inúmeras menções apontam para a forte tendência ao uso de modalidades presenciais e a distância junta. Porém, ainda não definimos como iremos abordar e praticar essas modalidades quando retornarmos às aulas. Tais incertezas decorrem das idiossincrasias de vivenciar pandemias no século XXI. Segundo os autores Zurawski, Boer e Scheid (2020, p. 88), “[…] o que mais surpreende é a velocidade com que essas mudanças ocorrem, sem dúvida causada pelo Covid-19”. Isso abruptamente leva a uma revisão de conceitos e a uma nova mudança de paradigma no campo da educação.

Diante dos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, gestores de escolas de ensino fundamental mobilizar equipes de professores para programar a educação em rede e viabilizaram parcerias e intercâmbios com universidades locais. Isso inclui incentivar convites para participação de educadores de outros municípios e países vizinhos. País. 

Nesse cenário de pandemia, há necessidade de avaliar diferentes possibilidades e estudar novas tendências educacionais. Consideramos relevante a contribuição que muitos autores, que serão apresentados em nosso referencial teórico, têm dado em termos de estudos e experiências transformadoras e inovadoras para inspirar gestores, professores e alunos. Percebemos o quanto os processos de ensino-aprendizagem modificaram com a suspensão do atendimento presencial devido à pandemia e, dessa forma, interrogamos a continuidade do ensino em 2021. Este estudo tem como objetivo refletir sobre o início do ano letivo e possíveis tendências pedagógicas nas escolas municipais de ensino fundamental. Segundo Padua (2014), o tema define o campo de interesse da pesquisa e a relevância pode ser atribuída a uma contribuição no campo de conhecimento dos pesquisadores ou ao contexto geral do conhecimento científico. Segundo Kaouarka, Manhines e Medeiros (2010), as aptidões e conhecimentos adquiridos no processo de aprendizagem podem ser motivados por situações reais de trabalho. 

Em seguida, abordamos três tópicos que discutem os aportes teóricos de autores clássicos e contemporâneos: 
1) O ensino híbrido no retorno às aulas e a importância de explorar novos cenários relacionados ao ensino e aprendizagem no retorno ao ensino presencial, uma vez que durante a pandemia ocorreram muitas mudanças sociais e educacionais que exigem novas políticas;
2) Entre ensino presencial e ensino a distância, relatando que a singularidade da situação sugere a implementação de tecnologia e a implantação de ferramentas disruptivas para atender modalidades mistas de aprendizagem; 
3) Novas tendências educacionais que visam discutir a importância de conectar a escola com novas propostas da sociedade moderna. Nesse sentido, notamos a escola como imersa em tecnologias digitais e uma mescla de novas tecnologias. Em conclusão, voltamos aos resultados, limitações e recomendações do estudo. 

Ainda mais com a volta da rotina de aula ser 100% presencial depois de quase três anos de ensino remoto/híbrido. Porém, as férias já estão chegando ao seu fim e os pais e responsáveis precisam estar preparados e atentos na data de volta às aulas em 2023.

Rogéria Campos – @rogeriacamposramos

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