No final de 2019, surgiu a Covid-19. Trata-se de uma doença causada pelo vírus do coronavírus que, em poucos meses, se tornou uma pandemia e interrompeu as aulas presenciais em todos os níveis de ensino. Segundo Porto e De Lixa Pereira (2020, p. 284), “Devido à alta prevalência do vírus, estados e municípios começaram a tomar medidas de segurança para combater a propagação da Covid-19 […]”. Assim, no primeiro semestre de 2020, as escolas de ensino fundamental foram fechadas, e alunos, famílias e professores passaram para o ensino a distância emergencial. Desta forma, o regresso às aulas levanta muitas incertezas sobre quais as necessidades estruturais, pedagógicas e protocolares que os alunos enfrentaram em 2021.

No entanto, o termo tem sido utilizado nas mídias digitais e redes sociais buscando nomear e criar guias educativos para atender às demandas emergenciais relacionadas à educação do setor público durante a pandemia e tem se popularizado. Em escolas públicas de ensino fundamental as diretrizes iniciais descrevem o uso do ensino a distância para atender às necessidades de ensino e aprendizagem sem precedentes da pandemia.
Nota-se que a crise sanitária apresenta, assim, o potencial de desenvolvimento da prática educativa, apesar de caracterizar uma situação de instabilidade e dificuldades educacionais. O tema da educação em tempos de pandemia tem sido amplamente debatido, focando mais recentemente no retorno às aulas e nas expetativas de como a educação será ministrada em 2021. Inúmeras menções apontam para a forte tendência ao uso de modalidades presenciais e a distância junta. Porém, ainda não definimos como iremos abordar e praticar essas modalidades quando retornarmos às aulas. Tais incertezas decorrem das idiossincrasias de vivenciar pandemias no século XXI. Segundo os autores Zurawski, Boer e Scheid (2020, p. 88), “[…] o que mais surpreende é a velocidade com que essas mudanças ocorrem, sem dúvida causada pelo Covid-19”. Isso abruptamente leva a uma revisão de conceitos e a uma nova mudança de paradigma no campo da educação.
Diante dos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, gestores de escolas de ensino fundamental mobilizar equipes de professores para programar a educação em rede e viabilizaram parcerias e intercâmbios com universidades locais. Isso inclui incentivar convites para participação de educadores de outros municípios e países vizinhos. País.
Nesse cenário de pandemia, há necessidade de avaliar diferentes possibilidades e estudar novas tendências educacionais. Consideramos relevante a contribuição que muitos autores, que serão apresentados em nosso referencial teórico, têm dado em termos de estudos e experiências transformadoras e inovadoras para inspirar gestores, professores e alunos. Percebemos o quanto os processos de ensino-aprendizagem modificaram com a suspensão do atendimento presencial devido à pandemia e, dessa forma, interrogamos a continuidade do ensino em 2021. Este estudo tem como objetivo refletir sobre o início do ano letivo e possíveis tendências pedagógicas nas escolas municipais de ensino fundamental. Segundo Padua (2014), o tema define o campo de interesse da pesquisa e a relevância pode ser atribuída a uma contribuição no campo de conhecimento dos pesquisadores ou ao contexto geral do conhecimento científico. Segundo Kaouarka, Manhines e Medeiros (2010), as aptidões e conhecimentos adquiridos no processo de aprendizagem podem ser motivados por situações reais de trabalho.
Em seguida, abordamos três tópicos que discutem os aportes teóricos de autores clássicos e contemporâneos:
1) O ensino híbrido no retorno às aulas e a importância de explorar novos cenários relacionados ao ensino e aprendizagem no retorno ao ensino presencial, uma vez que durante a pandemia ocorreram muitas mudanças sociais e educacionais que exigem novas políticas;
2) Entre ensino presencial e ensino a distância, relatando que a singularidade da situação sugere a implementação de tecnologia e a implantação de ferramentas disruptivas para atender modalidades mistas de aprendizagem;
3) Novas tendências educacionais que visam discutir a importância de conectar a escola com novas propostas da sociedade moderna. Nesse sentido, notamos a escola como imersa em tecnologias digitais e uma mescla de novas tecnologias. Em conclusão, voltamos aos resultados, limitações e recomendações do estudo.
Ainda mais com a volta da rotina de aula ser 100% presencial depois de quase três anos de ensino remoto/híbrido. Porém, as férias já estão chegando ao seu fim e os pais e responsáveis precisam estar preparados e atentos na data de volta às aulas em 2023.
Rogéria Campos – @rogeriacamposramos